Caracteres Reprodutivos

A idade média ao primeiro parto na raça Alentejana tem vindo a diminuir ao longo dos anos, registando-se actualmente valores de 36.5±7.4 meses, podendo, contudo, variar consoante a exploração. Embora existam casos de novilhas a parirem pela primeira vez com cerca de 2 anos de idade, em termos de intervalos entre partos subsequentes, verifica-se um alongamento destes. No entanto, tudo indica que a antecipação da idade ao primeiro parto até cerca dos 30 meses de idade, resultará numa melhoria da produtividade ao longo da vida, quer em termos de intervalo médio entre partos, quer em termos de peso total desmamado.

Quanto à estrutura etária dos efectivos podemos considerar equilibrada, tanto nas fêmeas como nos machos (ver Figura). A maioria dos touros são utilizados entre os 4 e os 8 anos de idade, apesar de alguns machos permanecerem até idades mais avançadas, e nestes casos trata-se de reprodutores sobre os quais os criadores demonstram alguma preferência, pelo que a sua utilização é mais frequente, incluído-se o recurso à inseminação artificial, embora em reduzida escala. No caso das fêmeas a idade média ao refugo é de cerca de 12 anos, registando-se um decréscimo praticamente linear do número de fêmeas em função da idade ao parto (Carolino e Gama, 2000 e 2008a).

Idade média de Machos e Fêmeas quando nascem os filhos
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O intervalo médio entre partos na raça bovina Alentejana é de 442?137 dias, constatando-se grandes diferenças entre registos devido ao efeito ambiental do tipo de exploração, ano e mês de parto e idade da fêmea ao parto. Verificou-se em diversos trabalhos, que fêmeas paridas no final do Verão têm intervalos entre partos mais reduzidos do que fêmeas paridas nos restantes meses do ano, e que as fêmeas atingem o máximo de produtividade, em termos de intervalo entre partos, com cerca de 8 anos de idade (Bigares et al., 2000; Carolino, 2006).


Análise de fatores com influência no IEP de novilhas de raça Alentejana